Por Fernando Valverde
Com a perspectiva de receber 366 mil doses, suficiente para imunizar apenas 180 mil dos 15 milhões de baianos já que cada pessoa necessita de duas doses para ser imunizada, a Bahia precisa de alternativas para garantir maiores índices de imunização contra a Covid-19.
A opinião é do secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, que durante entrevista nesta segunda, 18, para o ‘Isso é Bahia’, na rádio A TARDE FM, ressaltou a necessidade de se ‘ampliar o cardápio’ de imunizantes já que não há previsões para o recebimento de um outro lote da Coronavac.
“De garantido só temos esse lote. O Butantan tem um acordo com a Sinovac para fornecer regularmente uma quantidade de doses, as doses da vacina da Oxford/AstraZeneca adquirida do laboratório indiano ainda não tem data garantida para entrega, a vacina da Pfizer terá apenas 1 milhão de doses disponibilizadas por mês, então não existe vacina suficiente no cenário de curto-prazo para vacinar a população de risco. A única possibilidade que vemos é a de ampliar o cardápio de vacinas”, afirmou.
Para o secretário, a melhor opção para essa ampliação reside na vacina Sputnik V, que é alvo de uma ação por parte da Procuradoria Geral do Estado da Bahia (PGE) para permitir a compra direta do imunizante. “A russa Sputnik já vem sendo utilizada na Argentina, na Bolívia e no México, eles possuem 10 milhões de doses prontas para embarcar, temos um entendimento com eles de até 50 milhões de doses e uma fábrica foi instalada em Brasília com o início da produção na semana passada capaz de produzir 6 milhões de doses ao mês”, informou.
Ainda de acordo com o secretário, para imunizar toda a população do estado, estimada em 14,9 milhões pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o processo de vacinação deve levar até 16 meses. “Serão 4 meses destinados a vacinar cerca de 5 milhões de pessoas consideradas prioritárias e na sequência começará a vacinação da população não prioritária, o que deve levar mais 12 meses”.
Veja entrevista completa:
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